domingo, 19 de agosto de 2007

[Letra] Baldas de potro cuiudo

Título: Baldas de potro cuiudo
Letra: Anomar Danúbio Vieira
Música: Fabrício Harden
Ritmo: Chamarra
Álbum: Domingueiro

[Declamado]
O bagual mouro resolveu me exprimentá
Em seguida de muntá
Quando campeava um estrivo
Mas que eu me lembre
O homem comanda o cavalo
E o resto é pura bobagem
criada prá vender livro
O bagual mouro resolveu me exprimentá
Em seguida de muntá
Quando campeava um estrivo
Mas que eu me lembre
O homem comanda o cavalo
E o resto é pura bobagem
criada prá vender livro

Bagual tranquilo
nunca tinha corcoveado
De rédea andava costeado
Já no ponto de enfrenar
Deve ter sido
Por causa do vento norte
Se arrastou batendo forte
Com ganas de me sacar

E as nazarenas
Que eu não carrego de enfeite
Resolveram prová os dentes
Tenteando a força da perna
O que se passa
Na cabeça de um matungo?
Que agarra nojo do mundo
E do tento que lhe governa

Pegou na volta
Com cacoetes de aporreado
Mas já me encontrou estrivado
E ainda por cima de lua
Me fui de boca
Caiu sentado na cola
Já que frequenta minha escola
Da velha doma Charrua

Levei os ferro
E lhe enredei no quero-quero
Cavalo que eu considero
Respeita o índio campeiro
Deu mais uns talhos
E viu que se topou mal
Segiu mascando o bocal
Num trote bueno e ordeiro

Fiquei pensando
Co'as rédeas por entre os dedos
Nos mistérios e segredos
Deste ofício macanudo
Se um flete manso
Devalde se queda brabo
Deve ser obra do diabo
Ou baldas de potro cuiudo

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